Ontem foi meu trigésimo aniversário, a um tempo atrás escrevi uma crônica chamada "Os 20 e todos", que falava sobre a preocupação de uma amiga em chegar aos trinta, ela ficava apavorada, e no dia que chegou então, ela estava desgostosa da vida. Ontem chegou a minha vez de provar a troca de décadas, e ainda acho que é na casa dos trinta que somos melhores que antes, que temos mais lucidez pra resolver nossos problemas, e penso também que é só um número que está em nossos documentos, mas que dá um certo "nem sei o que" isso dá!
Sei lá, uma certa...digamos assim...melancolia. Mas ainda fico com meu pensamento de que somos melhores e mais maduros com nossos pés de galinha já MEIO, QUASE aparentes, com a briga constante com aquela nossa inimiga chamada balança, com nosso espanto quando soubemos que aquela menininha que morava ao lado da casa da vó já está com dezoito anos e você não consegue calar a frase "Mas como? Eu lembro quando a Fulaninha nasceu!", e pior é quando você enxerga que a criança cresceu mesmo no bar da balada na sexta feira. Sem contar quando você diz que pegou a Sicraninha no colo e trocou a fralda dela, e quando você sem querer larga aquela frase "No meu tempo era assim" Ai!Mente quem não tem um pequeno, mas muito pequeno pavor nesta hora não é mesmo?
Mas enfim, somos melhores psicológicamente hoje, e isso vale mais.
E vamos esquecer a idade cronológica em um bar ou balada proibida para menores de dezoito.