sexta-feira, 27 de julho de 2012

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Amor de verdade é o que fica quietinho no peito, sem doer, sem fazer grandes abalos só desejando a felicidade de quem se ama, até ... até.

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"Quando criança, nas noites com medo do escuro, minha mãe sempre me lembrava: - Não fica com medo, em seguida clareia! Eu não esqueço." ‎

quinta-feira, 26 de julho de 2012

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"E que se vá, tudo aquilo que não nos traz sorrisos!"

sábado, 7 de julho de 2012

Janelas da infância.

Pedi a minha filha de oito anos hoje: -Abre uma janela aí filha. Esperei. Disse de novo: - Abre uma janela aí filha. Esperei novamente. Quando vi ela tinha aberto uma janela, no Google Chrome. Tenho pensado na diferença da infância dela para a minha. As crianças de hoje em dia não sabem o sabor de uma goiaba colhida do pé, do quanto é bom esperar os ventos de julho chegarem para correr, colher uma taquara, afinar o máximo com uma faca duas ou três varetas, pedir pra mãe um pouco de farinha de trigo misturada com água pro grude, pegar o papel de seda do pão d'água, ajeitar uma camiseta velha para a cola e pedir ao tio fio do espinhel bem comprido para montar aquela pandorga. Depois sair pro meio da rua, é isso mesmo, bem no meio da rua de chão batido, se posicionar com o rolo - vidro de álcool- de linha na mão, esperar aquele vento bom chegar e correr, correr com todas as forças, como se fazer aquela pandorga voar alto fosse a coisa mais importante que tivesse que conseguir na vida. Fico pensando em como esta "pequena" brincadeira é hoje tão valiosa, pelo menos pra mim. Eu ficava horas sentada no chão batido da rua, olhando alto aquele pequeno pedaço de papel com algumas taquaras voando às vezes quase se perdendo da minha vista, e quando perdia ela, eu olhava o céu e ficava ali esquecida do tempo. Fios? Na minha rua não tinha muitos, dava pra soltar as pandorgas sem problemas. Lembro muito e sinto imensa saudade do espetáculo que os vagalumes -pirilampos pros de menos idade- davam todas as noites no terreno em frente, eram tão lindos, que bichinho lindo tchê! Eu sentava em frente à calçada de casa sozinha, só pra ver aquele tanto de luzinhas brilhando, e ainda nem era natal. Me causa estranheza e preocupação ver minha filha pesquisando e conhecendo em segundos pela tela do computador as muralhas da china como vi hoje, sem que pelo menos eu tenha que pegar da estante do meu avô um livro enorme daquela enciclopédia antiga -se diz enciclopédia ainda ou está fora de moda?- fazer uma pequena história e entonar uma grande fantasia em cima desta pesquisa. A sala do meu avô era de chão de cimento, havia um sofá velho e uma estante que tomava conta de toda uma parede da sala, nela havia coleções muito boas e que poucas pessoas tinham na época. Minha mãe nos levava naquela sala e fazia daquilo uma festa, era um acontecimento meu avô ter todos aqueles livros, era como se hoje em dia mostrassem para nossas crianças o Tablet mais potente da atualidade. E na frente da lareira perto da sala ele contava as histórias dos livros, ou embaixo da parreira de uva, enquanto nos pedia pra ajeitar os raminhos da parreira que se enrolavam nos galhos. Todos os dias penso nas nossas brincadeiras no meio da rua, nos dias subindo nas árvores e colhendo pitanga, amora, goiaba, ameixa, limão, laranja e comendo ali mesmo em cima da árvore. Minha filha não gosta de goiaba, mal conhece amora, mas amo contar pra ela enquanto escolho algumas goiabas no mercado do como era bom subir naquela árvore e escolher nossas próprias frutas, ter que nos equilibrar quando chovia porque goiabeira na chuva fica escorregadia sabiam? Sorte ter aquela árvore de pitanga no caminho para a casa da avó dela, onde ela para e colhe aquelas frutinhas faceira, e eu tenho uma baita paciência pra esperar ela colher e comer aquelas pitangas enquanto os carros voam sem parar no quebra molas que ali tem. Estes dias, contei a ela como fazíamos pesquisas para trabalhos da escola, depois da sala do meu avô, havia biblioteca em nossa escola e quando o livro não tinha na escola, íamos na Biblioteca Pública, ahã existia sim, isso pública tipo, pra todo mundo, você ia lá pegava seu livro, havia um lugar onde podia sentar e havia também um cartaz onde dizia "Silêncio", que era pra poder escolher o livro ou até concluir seu trabalho lá. Hoje em dia não tem tanta importância o silêncio né, existem fones de ouvido nos cybers. Enfim, fico um pouco feliz por pelo menos ela ter eu, que posso contar tudo isso como uma história verídica, já daqui uns anos será tudo contado como uma estória e o sonho de cada criança a fantasia de cada uma vai ser, olhar pela janela de casa e poder enxergar luzinhas da natureza um céu azul e frutas que podiam dar em árvores imagina! Em um reino muito distante.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Sobre as relações

Sabe?! Não deveríamos nunca nos envergonhar e nem nos arrepender de dizer eu te amo, é! Feio é a palavra odeio, feio é criticar e ainda dizer que é construtivamente, aliás, pra mim não existe esta tal de crítica construtiva. Aceito conversa construtiva, conselho construtivo, e de amigos de vero, por que já diz o dicionário crítica- Apreciação desfavorável, censura, maledicência. E falo de todas as relações, nas relações diárias, sejam amigos, pais, professores, sejam irmãos, amantes, colegas. Hoje em dia ficam guardados os “eu te amo”, os “sinto sua falta”, os “você fez certo”, os “me desculpa”, “fui eu que errei” . Seja por vergonha, por medo de não ser recíproco, por ser regra do jogo, por falta de costume ou sei lá, tantos outros motivos que o “mundo moderno” apresenta. Agora anda muito fácil palavras negativas para as pessoas, anda fácil dizer odeio, dizer tá feio, fez mal, não me faz bem, e colocar a culpa toda na crítica construtiva. Dizer eu te amo, não deveria e não deve ser visto como fraqueza como feiura, como quebra de regra. Porque falar “te amo” quando vem do fundo do coração, com certeza faz mais bem pra quem diz do que pra quem ouve.

Blogs que sigo!