domingo, 15 de maio de 2011

As coisas simples da vida.

A prefeitura colocou do outro lado da rua, em frente a porta do meu trabalho em uma calçada, um banco desses de praça, de madeira pra embelezar a rua.
17:35 de uma sexta feira eu contando as horas pra chegar em casa, enxergo uma menina de mais ou menos 6 anos de idade que vinha da escola com a mochila nas costas acho que com sua avó, ela sentou naquele banco novo - enquanto a avó encurtou o passo para aguardá-la - com um sorriso enorme como se tivesse provado o melhor pedaço daquela torta de chocolate da padaria, olhava pra rua fascinada, onde passavam os carros e motos apressados indo para suas casas. Pensei, ou apressados para resolver um baita problema em casa, ou no escritório, indo dar uma força praquele amigo que acabara de perder um ente querido, ou indo assinar um divórcio ou uma rescisão de contrato, enfim, todos temos que matar um leão por dia como diz o dito popular. Mas aquele sorriso daquela garota que sentou-se ali no máximo 60 segundos fez com que tudo parasse, fez com que tudo parecesse mais simples menos corrido, parece que todo o resto andou em câmera lenta naquele momento.
Fiquei pensando em como as coisas simples - se pudermos enxergá-las com os olhos do coração - nos tornam mais serenos, mais alegres e mais calmos neste mundo onde quem corre se arrasta.
Tentei comparar quando um adulto do século XXI dá um sorriso daqueles, quando nasce um filho, talvez. Mas unanimidade seria um bilhete premiado na mão concordam?
Coisas simples são boas, sempre verdadeiras.
Como tocar os pés descalços na grama, como ver o fascinante nascer de uma borboleta no jardim da casa do pai - falo porque já tive o privilégio de assistir a um - é adorar uma gargalhada de um filho que estava a poucos minutos atrás com uma febre de 40º, é poder andar, ouvir, enxergar, sentir o cheiro da terra molhada e poder tocar nela, é poder tirar daquele amigo que está triste um sorrisão com sua piada mal contada, é sentar no bar com sua irmã e o dinheiro contado praquela gelada e rir disso, enquanto discute Caio Fernando Abreu, é atender um telefonema e ouvir do outro lado da linha aquela sua amiga de infância e com quem você riu muito um dia, contando que vem de São Paulo morar no Sul novamente.
Isso tudo é TUDO, são pequenos grandes momentos, momentos mágicos da vida que nos cercam sempre,a toda hora, mas que se não tivermos com o coração pronto pra enxergá-los vamos seguir achando que o bom da vida realmente e somente é, um bilhete premiado na mão.
Como diria Martha "...Contemplar um lago, rever um amigo, rezar para seu próprio Deus, ver um filho crescer, perdoar, gostar de si mesmo: isso tudo é gigantesco pra quem ainda sabe sentir..."

3 comentários:

  1. tem algumas coisas que realmente param o tempo, pelo menos para nós; no caso enqaunto olhava.

    beijos

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  2. E tudo graças ao banco novo da prefeituira !!!

    ahahahahah

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  3. Exatamente Paula, graças a simplicidade de um banco novo e um coração aberto para as coisas simples e boas da vida!!

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